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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Carlos Bodião – Vereador do Ambiente na C.M. de Odivelas
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Fantasmalho
Os ingleses usam o termo Scarecrow para designar os espantalhos. Em Odivelas acho mais apropriado o termo fantasmalho, que é uma aglutinação de fantasma com paspalho. Estes fantasmalhos que deambulam no concelho, têm apenas uma função, vociferar contra tudo e contra todos. Apenas lhes interessa a maledicência, pois como têm cabeça de abóbora (ver figura) a ausência de massa encefálica não lhes permite a conjugação de ideias. Como têm sangue hortícola (da abóbora), já se imaginam grandes especialistas em Horticultura ou até Botânica. Talvez sejam os mesmos, que pela calada da noite vão desligar os sistemas de rega, ou roubam os aspersores ou os partem como tem acontecido amiúde. Sobre essa parte da entrevista, os fantasmalhos assobiam para o lado. Pobres fitas pretas, que de saco foram recicladas em espantalhos, mas de tão dignas que são, nem os pombos delas têm receio. Estão os fantasmalhos preocupados com o arranjo do jardim da ribeirada e com razão. Podem ter a certeza, que mesmo com os pombos a comer as sementes, os relvados já estão a aparecer pungentes e as flores irão despontar de seguida. Tristes aqueles que vêem vã glória na desgraça alheia, mas como diz o nosso povo, “quem se ri por último, ri melhor”.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
à descoberta das àrvores de Odivelas
Nome Científico: Albizia julibrissin
Nome Popular: Acácia de Constantinopla
Família: Fabaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: da Pérsia ao Japão
Ciclo de Vida: Perene
Albizia julibrissin
Pormenor da flor
Árvore caducifólia de rápido crescimento, de fragrância muito delicada. São diversos os nomes comuns desta árvore com flores de longos estames sedosos: "árvore-da-seda", "acácia-de-Constantinopola", "mimosa rosa e albízia-de-Constantinopola. O nome deve-se ao botânico italiano Antonio Durazinni que adoptou na sua nomenclatura o nome do introdutor da espécie na Europa, o naturalista amador Filippo degli Albizzi, que a trouxe da capital do império Otomano em 1745. No entanto esta árvore não é originária da Turquia mas de uma zona que se estende do Irão à China e "julibrissin", o designativo da espécie, deriva do seu nome persa. Na cidade de Odivelas podemos apreciar esta árvore num alinhamento que se encontra na Rua Alves Redol.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Prado de sequeiro
Parque das Rolas - Freguesia da Póvoa de Santo Adrião)
Coelho correndo no prado de sequeiro
terça-feira, 20 de julho de 2010
Pensamentos
Por isso qualquer coisa boa que eu possa fazer, ou alguma amabilidade que possa fazer a algum ser humano, devo fazer agora, porque não passarei de novo por aqui …”
Madre Teresa de Calcutá
Viagem a Angola
Como eu gostava de ver o mesmo em Odivelas…
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Reflexões
(Diogo Freitas do Amaral, Jornal Expresso, 03/07/2010)
Que Estado temos, que Estado podemos ter? Parte II
sexta-feira, 2 de julho de 2010
UM NOVO CICLO EM ODIVELAS, TEMOS PENA!...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
José Saramago
Como ele, também eu sou ateu, mas respeito todos as confissões religiosas e os seus fieis, sem descriminação, sendo um convicto defensor da laicidade do Estado. Da sua obra, apenas conheço alguns livros, os suficientes para admirar a sua escrita. Há homens, que são conhecidos pelo seu país, há países que são conhecidos pelos homens que têm. Saramago pertence a esta última classe e por isso Portugal e todos nós muito lhe devemos. Como ele dizia, acabou.
Por isso, li estupefacto o comentário do articulista Cláudio Toscani, no L’ Osservatore Romano, órgão oficial da Igreja Católica. Escreveu Toscani que Saramago era “populista e extremista, de uma ideologia anti-religiosa e marxista”. Até pode ter razão, mas até Cristo na hora da morte perdoou aos seus algoses pedindo ao Pai que “os perdoasse, porque eles não sabem o que fazem”. Numa igreja abalada por tantos escândalos, Saramago é uma referência, concorde-se ou não com as suas posições politicas, sempre coerentes e eu como português, tenho muito orgulho em que ele tenha contribuído para o bom nome do meu pais, tão maltratado internacionalmente pela crise politica e económica em que vivemos.
Dia Mundial do Ambiente
Ao vê-lo, revivi umas férias em França e uma visita à floresta de Rambouillet, precisamente para ver um espectáculo de aves de rapina. Em Rambouillet estavam centenas de pessoas de todo o mundo, num estádio preparado para este tipo de espectáculos. Em Odivelas, foi com alegria que assisti à interacção das aves com as crianças. Os responsáveis da empresa promotora do espectáculo, fizeram questão de integrar as crianças na demonstração e foi vê-las e aos pais transbordar de alegria, num contacto que nunca julgaram possível.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O regresso do táxi?
Apertar o cordel !
Ricardo Araújo Pereira
A memória ou a falta dela !
quarta-feira, 12 de maio de 2010
À descoberta das árvores de Odivelas
segunda-feira, 10 de maio de 2010
O “DESPERTAR” DAS ÁRVORES
Poema das árvores
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.
(in: Obra Poética, Lisboa, Edições JSC, 2001)
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Tributo a Augusto Pais Martins
Conheci e privei com Augusto Pais Martins e por conhecer a sua obra no concelho de Odivelas, me penitencio, por também eu, me ter esquecido dele. Sendo um homem ligado ao ensino, responsável pelo lançamento em Odivelas de vários estabelecimentos de ensino, desde o pré-escolar ao ensino superior, peca por tardia, a criação de um prémio ligado ao ensino que perpetue a sua memória. Presto-lhe aqui o meu tributo. Também como professor me empenharei na criação de um prémio, que honre a sua obra. Odivelas é muito mais do que o D. Dinis.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
À descoberta das árvores de Odivelas
Dou-vos a conhecer o Aesculus hippocastanum, mais conhecido como Castanheiro-da-índia, árvore que podemos encontrar com muita facilidade na cidade de Odivelas e muito fácil de identificar nesta época, pois começou a florir.
Família: Hippocastanaceae
Nome científico: Aesculus hippocastanum
Nome vulgar: Castanheiro-da-índia
Flores brancas, com uma mancha rosa ou amarela na base das pétalas, dispostas em inflorescências.
O castanheiro-da-índia, é uma árvore frondosa de folha caduca, podendo atingir os 40 metros de altura. Os frutos apresentam-se numa cápsula verde, eriçada de pelos mais ou menos espinhosos e as suas sementes são semelhantes a castanhas. Floresce na primavera. A sua madeira é utilizada no fabrico de caixas, utensílios de cozinha, bengalas, etc.
Antigamente utilizava-se a sua casca para combater a febre e evitar a fragilidade capilar. Hoje da casca obtêm-se uma tinta vermelha e a sua infusão é usada internamente para combater hemorragias uterinas e hemorroidálicas, inflamações do aparelho digestivo, artrites, etc. Externamente esta é utilizada para tratamento de eczemas, feridas e queimaduras. Das sementes obtêm-se um óleo que serve para iluminação, para preparar emulsões (principalmente de óleo de fígado de bacalhau), lavagens do couro cabeludo e fabrico de cremes de beleza, é ainda um excelente vaso constritor e anti-inflamatório. O óleo pode também ser usado na alimentação humana assim como a fécula das sementes após lavagem com água alcalina. A farinha das sementes é utilizada em cosmética e a polpa no fabrico de sabões. A infusão alcoólica das suas flores é usada contra dor reumática, nevralgias e artrites.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Regresso
que se alongue sobre o mar
o meu canto ao criador
que me deu vida e amor
para voltar!...
Voltar!
Ver de novo o balouçar
Da fronte majestosa das palmeiras
Que as horas derradeiras do dia
Circundam de magia.
Regressar !
Poder de novo respirar -
ó minha terra -
aquele odor escaldante
que o húmus vivificante
do teu solo encerra.
Embriagar uma vez mais o olhar,
numa alegria selvagem,
no tom gritante da tua paisagem
que o sol a dardejar calor
transforma num inferno de cor.
Não mais o pregão das varinas
nem o monótono, igual, do casario plano.
Hei-de ver outra vez as casuarinas
a debruar o oceano.
Não mais o agitar fremente
duma cidade em convulsão.
Não mais esta visão
nem o crepitar mordente deste ruído.
Os meus sentidos anseiam pela paz
das noites tropicais
em que o ar parece mudo
e o silêncio envolve tudo.
Tenho sede !
Sede dos crepúsculos africanos
Todos os dias iguais
de tons quase irreais.
Tenho saudades !
Saudades do horizonte sem barreiras,
das calemas traiçoeiras,
das cheias alucinadas !
Saudades das batucadas
que eu nunca via
mas pressentia em cada hora
soando pela noite fora !
Sim, eu hei-de voltar.
Tenho de voltar !
Não há nada que mo impeça.
Com que prazer hei-de esquecer
toda esta luta insana,
que em frente está terra angolana
a prometer o mundo a quem regressa.
Oh ! Quando eu voltar,
hão-de as acácias
rubras, a sangrar,
florir só para mim.
E o sol esplendoroso e quente,
o sol ardente,
há-de gritar,
na apoteose do poente,
o meu prazer sem lei,
a minha alegria enorme
de pode enfim dizer:
VOLTEI !
(ALDA LARA)
Hoje regresso a Angola, 30 anos depois de ter partido
segunda-feira, 3 de maio de 2010
A parábola da figueira
“ No dia seguinte, ao saírem de Betânia, teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas dirigiu-se-lhe a fim de ver se nela haveria alguma coisa, mas não encontrou nada a não ser folhas porque não era tempo de figos. Tomou a palavra e disse: Que nunca mais ninguém coma fruto de ti! E os discípulos estavam a ouvi-lo.(...) E ao passarem na manhã seguinte, viram a figueira seca até às raízes. Pedro, recordando-se, disse: Rabi, eis a figueira que amaldiçoaste, secou”.
(Mc 11, 12-14; 20-21)
Esta intrigante história, que tem feito correr muita tinta ao longo de séculos entre os teólogos, ao transportar-me para Odivelas, lembra-me os detractores do costume, aqueles de que vos tenho falado, os tais que se curam com pevide de abóbora. As eleições autárquicas foram há seis meses. As idéias tal como a figueira ainda estão a criar raízes, mas os incréus deste burgo, alguns autarcas, outros nem isso, já nos exigem figos, descarregando em nós a sua enraivecida frustração, amaldiçoando-nos e tentando com isso secar-nos, tal como à figueira. A agnose desses fulanos é tal, que os aconselho a aprender agricultura, para ver se não procuram figos fora da época.
ps: a época para a figueira ter figos é em Outubro de 2013. Até lá, a figueira aceita de bom grado adubações, mondas, regas e até uma poda de conformação.
Isenção
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Pan troglodytes
Pan Troglodytes tentando perceber o PDM (pão de milho)
Mas como reconhecê-los e até distingui-los do Pan paniscus? É fácil. Os exemplares de Odivelas proferem discursos, que são um rebate de estafados palavrões grotescos e de banalidades descompostas de pensamento e de gramática, indigestas e insípidas, proferidas de ordinário com um bambaleio característico.
Tenho-me interrogado sobre o que poderá ter provocado nestes exemplares, machos e até uma fêmea, que “parece” letrada e até escreve, esses ódios sem razão, esses rancores injustificados, essas invejas acres, esse azedume, e cheguei à conclusão, consultando os meus apontamentos de biologia animal, no tempo de faculdade, que é a ténia. Estes exemplares estão afectados pela bicha e necessitam ser desparasitados, porque o seu modo de pensar, de dizer, e criticar, de atacar, não é uma filosofia, é um verme. Tal como diria Eça de Queirós, o seu mal, o mal do seu espírito, não se cura com princípios, com conselhos, com reflexões, é com pevide de abóbora.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
2010 – Ano Internacional da Biodiversidade
Fotos gentilmente cedidas pela Ana Gomes
À descoberta das árvores de Odivelas
Família: Myrtaceae
Nome científico: Eucalyptus globulus
Nome vulgar: eucalipto
Não é vulgar utilizar o eucalipto como árvore de arruamento ou de jardim. Na cidade de Odivelas existem 3 aglomerados de eucaliptos em jardins. Na rua Alves Redol e no jardim do Castelinho. Trata-se da espécie mais comum em Portugal, o Eucalyptus globulus. Esta espécie exótica foi introduzida em Portugal em meados do século XIX e é originária da Tasmânia e Austrália. É uma árvore de folhas persistentes, de grande porte, com uma altura que pode atingir os 70 - 80 m em árvores adultas velhas.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Tributo a Nascimento Rodrigues
segunda-feira, 12 de abril de 2010
À descoberta das árvores de Odivelas
Eugénio de Andrade na sua poesia convoca por diversas vezes as palmeiras. Na obra Ofício de Paciência, o poeta caracteriza de um modo extraordinário esta majestosa e exótica “árvore”, consagrando-lhes este evocativo texto:
Também o deserto vem
do mar. Não sei em que navio,
mas foi desses lugares
que chegaram ao meu jardim
as palmeiras.
Com o sol das areias
em cada folha,
na coroa o sopro
húmido das estrelas.
(Andrade, 2005: 496)
As palmeiras pertencem à Família Arecaceae e não são consideradas árvores, porque não têm ramos e também não possuem casca e anéis de crescimento e por isso o “tronco” designa-se por espique. Em Odivelas abundam as Washingtonia robusta. Esta palmeira tem origem nos vales da montanha do deserto e nas gargantas de Sonora e baixo México.
Foto Washingtonia robusta no largo das Patameiras
Ao contrário do que se possa pensar, as palmeiras não têm todas a mesma origem. Com origem em África temos a Phoenix canariensis ou Palmeira-das-canárias e a Phoenix dactylífera ou Tamareira.
Na urbanização das colinas do cruzeiro em Odivelas, encontramos alguns exemplares de Phoenix dactylífera ou tamareira. Esta palmeira tem origem no Norte de África. É uma das primeiras plantas cultivadas pelo Homem. Os povos do Norte de África e do Médio Oriente dependem desta palmeira para a sua alimentação há milhares de anos. Da sua seiva pode elaborar-se mel e vinho de palma. Das suas folhas jovens podem confeccionar-se saladas.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Jardim das Escadinhas
No espaço conhecido como jardim das escadinhas (nome atribuído pelos alunos da escola Máxima Vaz, contígua ao jardim), localizava-se em tempos um talude cheio de mato e lixo. Os habitantes desta zona da cidade, principalmente aqueles que residem nos prédios circundantes ao espaço, aspiravam há muito, pelo cumprimento das promessas do urbanizador, quando ali compraram os seus andares (ainda não existia o concelho de Odivelas, nem com ele se sonhava). O urbanizador esfumou-se há muitos anos e Odivelas herdou este espaço desqualificado, mesmo no coração da cidade. A câmara municipal resolveu no ano de 2008 e 2009 deitar mãos à obra e transformar este local num lugar aprazível, que pudesse ser desfrutado pelas pessoas.
Fotos construção
O resultado está á vista. O nome faz jus às escadinhas existentes, todas em madeira amigas do ambiente e até a iluminação é constituída por candeeiros solares, que transformam a noite em dia.
Fotos iluminação
quarta-feira, 31 de março de 2010
À descoberta das árvores de Odivelas
Cercis siliquastrum L. ou Árvore-de-Judas
No concelho de Odivelas a Cercis siliquastrum L. ou Olaia como é conhecida, está presente em todas as freguesias, adquirindo todavia maior expressão na cidade de Odivelas, onde como árvore de arruamento embeleza com as suas flores a avenida D. Dinis. É uma árvore de folha caduca, ou seja perde todas as folhas no inverno. Nesta época do ano (final de Março, início de Abril) é vê-la começar a desabrochar com o aparecimento das flores arroxeadas, que aparecem antes das folhas. As flores são comestíveis e têm um sabor acidulado.
Fotos
Nome científico: Cercis siliquastrum L.
Nome vulgar: Olaia, Árvore-de-Judas
As lendas populares dizem que Judas Iscariotes se enforcou numa Olaia, como arrependimento por ter vendido Jesus, tese muito controversa no seio da Igreja Católica.