As eleições de 2011 e a alternância política daí resultante, abriram
utilizando a terminologia de Kingdon, uma janela de oportunidade para a
implementação de uma outra política educativa.
O ministro Nuno Crato
colocou na agenda de decisão do governo, a reforma da estrutura
curricular. Abandonou-se o currículo centrado no aluno, “o eduquês” na
terminologia do Nuno Valente, Nuno Crato e outros, a vai passar a
utilizar-se um currículo centrado no conhecimento.
Voltaram os exames no
4.º e 6º ano. Diz o ministro, que mais exigência, vai motivar os
professores e os alunos e assim diminuir o insucesso e abandono escolar.
Ao ler o livro de Diane Ravitch, uma especialista americana,
responsável pelo programa NCLB (No Child Left Behind) e a sua reflexão
pelo fracasso deste programa, fiquei preocupado e questiono-me: se o
programa falhou nos Estados Unidos, qual o interesse da sua
implementação em Portugal?
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