quinta-feira, 22 de julho de 2010

Prado de sequeiro

No concelho de Odivelas, quer em jardins construídos pela Câmara Municipal, quer em jardins construídos pelos urbanizadores, tem-se apostado nos prados de sequeiro. Trata-se de uma corrente em arquitectura paisagista, que se tem desenvolvido nos últimos anos e apoiada em critérios científicos, em prol de um melhor ambiente. Pessoalmente, não sou um grande entusiasta deste tipo de jardins em meio urbano (porque tenho inscrito no meu código genético os jardins à francesa, cobertos de relva e sempre verdes), mas percebo a sua importância, porque felizmente a natureza se encarregou de me dotar de alguma inteligência. Vivo num clima mediterrânico e a água é um bem escasso e cara. A Câmara de Lisboa, que sofre das mesmas enfermidades que o concelho de Odivelas, onde um conjunto de iluminados, critica a câmara por causa do prado de sequeiro e exige campos de golfe em todos os espaços disponíveis, editou uma brochura sobre o prado de sequeiro. Espero que pelo menos percebam que existem alternativas à relva e porquê !...

Parque das Rolas - Freguesia da Póvoa de Santo Adrião)

Ontem estive no parque das rolas na Freguesia da Póvoa de Santo Adrião. Este espaço naturalizado (não é um jardim), que a Câmara Municipal recuperou em 2009, é um local bastante agradável para se ter um contacto com a natureza. Desde as rolas que esvoaçam em todas as direcções cruzando o parque, até aos coelhos, o stress diário só é quebrado pelo vandalismo que continua a assolar os espaços públicos do concelho. Deixo-vos alguns exemplos.

Coelho correndo no prado de sequeiro



Banco vandalizado

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pensamentos

“Vou passar pela vida apenas uma só vez:
Por isso qualquer coisa boa que eu possa fazer, ou alguma amabilidade que possa fazer a algum ser humano, devo fazer agora, porque não passarei de novo por aqui …”

Madre Teresa de Calcutá

Viagem a Angola

No passado mês de Maio fui a Angola, terra onde se encontra hoje o Presidente da República, Prof. Cavaco Silva. Não vou descrever a viagem, nem apresentar um álbum de fotografias, mas apenas deixar um apontamento que me impressionou, numa terra com tantas carências. O assunto refere-se aos jardins e ao respeito que as pessoas têm por estes espaços. Como podem observar pelas fotografias, os passeios não têm infestantes e a escultura não tem grafites, para não referir o aspecto limpo do jardim.

Como eu gostava de ver o mesmo em Odivelas…

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Reflexões

As pessoas tendem a ver a politica como um despique de clubes de futebol. Interrogo-me se será apenas clubismo ou, mais profundamente, tribalismo.
(Diogo Freitas do Amaral, Jornal Expresso, 03/07/2010)

Que Estado temos, que Estado podemos ter? Parte II

Em Março do corrente ano, escrevi um post “Que Estado temos, que Estado podemos ter”, onde reflectia sobre o Estado e o seu papel na sociedade. Poderá parecer um tema de somenos importância, mas o Estado tem rostos e nomes. Cada um de nós, ao exercer ou não o seu direito de voto e ao sufragar o programa eleitoral dos partidos, está a decidir sobre o Estado que quer ter.

O nosso futuro e o dos nossos filhos, depende do que decidirmos agora sobre o tipo de Estado que queremos implementar. Esta discussão não é feita pelos partidos, porque não interessa manter o povo informado, mas os sinais estão aí e são preocupantes.

Freitas do Amaral na sua entrevista ao semanário Expresso, no passado dia 03, aflora de forma avisada, qual deve ser o papel do Estado. Como social-democrata, sou um defensor do Estado-Providência e tal como Freitas do Amaral advoga, o caminho deve ser o de repensar as funções sociais do Estado, não com o objectivo de o eliminar, mas de lhe salvar a vida. Diz o professor que “...retirar o Estado da economia, educação e serviços sociais seria um retrocesso de mais de 100 anos. O caminho tem de ser outro – um Estado-garante que reoriente os seus apoios para os que precisam, deixando ao mercado os serviços pretendidos por quem os possa pagar”. Neste tempo de liberalismos, é hora para pensarmos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

UM NOVO CICLO EM ODIVELAS, TEMOS PENA!...

O PSD realizou no passado dia 30 de Junho, as suas eleições para a Comissão Política Concelhia e para a Assembleia de Secção de Militantes.
Concorreram duas listas. Uma das listas, até se apresentou aos militantes com uma brochura feita numa gráfica e cartazes, tal e qual como se fosse para uma candidatura a uma junta ou câmara municipal.
Li o folheto e percebi porque os militantes contemplaram esta lista com apenas 20% dos votos. Todos os militantes já sabiam que alguns dos seus subscritores eram apoiantes de outro partido e até se dão ao trabalho de municiar o seu blogue e elogiar publicamente o seus (de)feitos, mas apresentar-se ao eleitorado dos militantes, fazendo de todos nós parvos, foi demais.
Então não é que estas almas iluminadas escreveram no seu folheto que iam reunir com as câmaras municipais e resolver o problema dos SMAS? Imaginem que, ao afirmarem que “a câmara não tem feito nada pela educação” iam reunir as associações de pais do concelho e resolver os problemas das escolas. Ou então que, vão diminuir as cérceas do mercado de Odivelas? Mas pensam estes senhores que os militantes são parvos? Esqueceram-se que ao ser preteridos nas listas autárquicas, abandonaram os seus cargos autárquicos e não cumpriram o mandato para o qual tinham sido eleitos e alguns até se prestaram a colocar a sua fotografia na lista do adversário.
Realmente só me resta ter pena destas almas iluminadas, que vagueiam pelos diferentes fóruns políticos, quais zombies tentando regressar à vida, política entenda-se.
A propósito, só vou a festas quando sou convidado, e entre festas e as minhas obrigações autárquicas, não tenham dúvidas, que estas últimas estão em primeiro lugar, pelo respeito que tenho por todas as pessoas que me elegeram.