quarta-feira, 27 de abril de 2011

On Bullshit

Aldrabice é uma forma de falsidade que se distingue da mentira: o mentiroso sabe e preocupa-se com a verdade, no entanto, propõe-se deliberadamente enganar; aquele que diz a verdade conhece a verdade e está a tentar transmitir-no-la; entretanto o aldrabão não se preocupa com a verdade, e está simplesmente a tentar impressionar-nos. É impossível alguém mentir, a menos que julgue saber a verdade. Para produzir aldrabices não é necessário semelhante convicção. Quando um homem honesto fala, diz apenas aquilo que acredita ser verdade; logicamente, já no que se refere ao mentiroso, é indispensável que o mesmo considere as próprias afirmações falsas. Porém, no caso do aldrabão, todas estas opiniões são absurdas: nem está do lado do verdadeiro nem do lado do falso. Não está atento aos factos, como sucede com o homem honesto e com o mentiroso, excepto na medida em que podem ser relevantes para o seu interesse em conseguir não ser descoberto. Não o preocupa se as suas afirmações correspondem a uma descrição correcta da realidade. Limita-se a escolhê-las, ou inventá-las, consoante o fim em vista.
Perguntar-se-ão muitos, porque me dei ao trabalho de discretear sobre a diferença entre mentiroso e aldrabão. Claro está, que pensando muitos que se trata da mesma pessoa, a teoria prova que não. E tudo isto a propósito da blogosfera, onde a aldrabice e a impunidade campeiam. Ao ler um post de um blogue de Odivelas, dei com esta aldrabice, a propósito da última assembleia municipal:

Ao ouvir na Assembleia Municipal de Odivelas o Deputado do PSD, Luís Salmonete referir-se ao comércio local ou tradicional (como entender) como sendo um nicho, entendi que deveria colocar aqui o significado dessa palavra.

"Nicho é a reentrância feita na parede para abrigar armários, prateleiras ou guardar eletrodomésticos. Em igrejas, templos, é uma reentrância, curva de menores dimensões, nos limites da espessura da parede e que não se projecta para o exterior do edifício, utilizado para a colocação de estátuas, imagens e adorações."

Contudo, agora percebi mais uma das razões que levou o PSD a chumbar as várias propostas que o CDS tem apresentado na Assembleia Municipal com o objectivo de dinamizar e revitalizar o Comércio Local, é que o PSD nem sequer têm a noção que o Comércio Local é o maior empregador do Concelho.

Fiquei atónito, dei pulos de alegria, pois na posse da teoria, ainda não tinha um caso prático para a ilustrar e poder comprová-la, tal como no método científico e eis que, como caído do céu, aqui estava o que tanto procurava. Um exemplo típico de aldrabice e protagonizada por um deputado municipal. Este deputado apenas refere o conceito de nicho que lhe interessa, sabendo que existem outros. Tem razão o deputado Luís Salmonete ao referir-se ao nicho de mercado, quando fala do comércio local, pois:

“Um Nicho de Mercado corresponde a um segmento de mercado constituído por um reduzido número de consumidores com características e necessidades homogéneas e facilmente identificáveis”.

Mas, poderia também falar de nicho ecológico, etc. pois o conceito é amplo e abarcar muitos significados. Afinal não é o deputado Luís Salmonete que não conhece o significado de Nicho. Alguém deve ser aldrabão…

quarta-feira, 9 de março de 2011

Parque dos Bichos

O parque dos Bichos, vulgo canil municipal, instalado na Paiã, em terrenos do governo civil, cujo terreno não teve custos para a câmara municipal, é já um caso de sucesso municipal.
O número de adopções, a par do excelente trabalho dos seus directos responsáveis, médica veterinária e trabalhadores, que existem desde a comissão instaladora, são disso a prova. Aqui vos deixo, a entrevista realizada pelo odivelas. com, e o convite para passarem por lá. Fora do horário normal de expediente, existe um segurança, que também fornece informações, porque ainda não fomos capaz de por alguns cães cá do burgo a falar, apenas mordem.


clique na imagem para aceder à entrevista e vídeo

foto in



O Salgado



Há muitos anos, tantos que já não sei quantos, era eu menino, vi um filme sobre a estória de um cão, o Salgado. Este, mascote da tripulação de um navio de cruzeiro, tinha-se um dia atrasado num dos passeios a terra e o navio zarpou sem ele.
A tripulação chorou e o Salgado também, este desencontro, porque alguém não cumpriu as regras, há muito estabelecidas nas atracagens. O Salgado quis sozinho, atrevido, conhecer mais mundo e a tripulação, desta vez deixou-o ir. Os resquícios da memória dão-me conta que a estória acabava bem. O navio voltou ao porto, onde o Salgado todos os dias o esperava. Lembro-me que na altura, nas primícias da minha vida académica, o manual de leitura trazia umas fábulas de La Fontaine e que a minha professora, fazia sempre delas, uma lição de vida. Esta não era uma das fábulas, mas bem se podia aplicar esta estória, tão actual nos nossos dias, aos SALGADOS que por aí andam.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Curso de Guias do Jardim Botânico de Famões





Curso de Guias do Jardim Botânico de Famões

Data: 29 de Janeiro
Hora: 09h30 às 17h30
Local: Jardim Botânico de Famões
Informações: Tel.: 219 344 399 - Divisão de Parques e Jardins - mailto:espacosverdes@cm-odivelas.pt