quarta-feira, 9 de março de 2011

O Salgado



Há muitos anos, tantos que já não sei quantos, era eu menino, vi um filme sobre a estória de um cão, o Salgado. Este, mascote da tripulação de um navio de cruzeiro, tinha-se um dia atrasado num dos passeios a terra e o navio zarpou sem ele.
A tripulação chorou e o Salgado também, este desencontro, porque alguém não cumpriu as regras, há muito estabelecidas nas atracagens. O Salgado quis sozinho, atrevido, conhecer mais mundo e a tripulação, desta vez deixou-o ir. Os resquícios da memória dão-me conta que a estória acabava bem. O navio voltou ao porto, onde o Salgado todos os dias o esperava. Lembro-me que na altura, nas primícias da minha vida académica, o manual de leitura trazia umas fábulas de La Fontaine e que a minha professora, fazia sempre delas, uma lição de vida. Esta não era uma das fábulas, mas bem se podia aplicar esta estória, tão actual nos nossos dias, aos SALGADOS que por aí andam.

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