quinta-feira, 6 de maio de 2010

À descoberta das árvores de Odivelas

Muito se tem falado e escrito sobre o “Ambiente” em Odivelas e sobretudo sobre os jardins e zonas verdes, da sua importância na qualidade de vida das pessoas, em oposição aquilo a que alguns apelidam de “selva de betão”. Os que propalam amiúde tais epítetos sobre o concelho, são os mesmos que teimam em plantar árvores no dia da árvore, sem olhar às alternativas adaptadas ao nosso País. A maior parte das árvores plantadas, acaba por morrer, porque são plantadas fora de época, não são regadas posteriormente e mais grave, são utilizadas espécies exóticas, em detrimento das mediterrânicas.
Não nos podemos dar ao luxo de ter em Odivelas “árvores com história”, como acontece em Lisboa ou no Porto, onde o coberto vegetal das cidades foi pensado e plantado por gente da ciência, da cultura e até da realeza, mas temos jardins que não nos deixam ficar mal no panorama nacional. Odivelas tem um dos melhores cobertos arbóreos dos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, não no número, mas na variedade de espécies existentes e isso deveria ser um motivo de orgulho concelhio e levar-nos a olhar para Odivelas de outra maneira e a proteger as nossas árvores.

Dou-vos a conhecer o Aesculus hippocastanum, mais conhecido como Castanheiro-da-índia, árvore que podemos encontrar com muita facilidade na cidade de Odivelas e muito fácil de identificar nesta época, pois começou a florir.



Família: Hippocastanaceae
Nome científico: Aesculus hippocastanum
Nome vulgar: Castanheiro-da-índia



Flores brancas, com uma mancha rosa ou amarela na base das pétalas, dispostas em inflorescências.

O castanheiro-da-índia, é uma árvore frondosa de folha caduca, podendo atingir os 40 metros de altura. Os frutos apresentam-se numa cápsula verde, eriçada de pelos mais ou menos espinhosos e as suas sementes são semelhantes a castanhas. Floresce na primavera. A sua madeira é utilizada no fabrico de caixas, utensílios de cozinha, bengalas, etc.
Antigamente utilizava-se a sua casca para combater a febre e evitar a fragilidade capilar. Hoje da casca obtêm-se uma tinta vermelha e a sua infusão é usada internamente para combater hemorragias uterinas e hemorroidálicas, inflamações do aparelho digestivo, artrites, etc. Externamente esta é utilizada para tratamento de eczemas, feridas e queimaduras. Das sementes obtêm-se um óleo que serve para iluminação, para preparar emulsões (principalmente de óleo de fígado de bacalhau), lavagens do couro cabeludo e fabrico de cremes de beleza, é ainda um excelente vaso constritor e anti-inflamatório. O óleo pode também ser usado na alimentação humana assim como a fécula das sementes após lavagem com água alcalina. A farinha das sementes é utilizada em cosmética e a polpa no fabrico de sabões. A infusão alcoólica das suas flores é usada contra dor reumática, nevralgias e artrites.


Aesculus x carnea

Esta árvore é igualmente um castanheiro-da-índia, mas difere da anterior por ter as folhas mais escuras, mais rugosas e mais pequenas e as suas flores são rosadas ou vermelhas.


Família: Hippocastanaceae
Nome científico: Aesculus x carnea
Nome vulgar: Castanheiro-da-índia

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