segunda-feira, 3 de maio de 2010

Isenção

Existem no nosso vocabulário um conjunto de palavras - substantivos, adjectivos, advérbios – cuja articulação solitária ou em combinações, se insinuam nos interstícios da linguagem quotidiana.
Um substantivo de elevada cotação nos blogues do concelho é, sem dúvida, a palavra isenção.
O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, encontra-lhe sentido ao definir isenção como qualidade do que é justo, equitativo, imparcial, isento, nobreza de carácter. Não resisti, naturalmente, a interrogar a minha situação, mas como faço parte da vasta confraria dos filhos de Adão, rapidamente cheguei à conclusão que não sou isento.
Pago IRS, IMI, Imposto de circulação, quotas ao PSD, gastos de campanha porque há caloteiros que não o fazem, etc. Também não sou isento, porque aceitei pelouros e não alinho na maledicência concelhia, diferente claro, da critica politica, que assiste a todo e qualquer cidadão, e que é o alimento da democracia. Assim, não me custa verificar e até aceitar, que andam por aí alguns órgãos de comunicação social isentos, blogues e bloguistas isentos. Afinal a condição para se ser isento neste concelho é ser do contra, não ter nada para fazer e tal como na parábola da figueira, amaldiçoá-la para ver se seca. Felizmente EU NÃO SOU ISENTO.

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